quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Lágrimas do Céu - Parte II

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O soldado tomou o frágil corpo de seu general nos braços e o depositou na maca, Cintia então atou os punhos do idoso enquanto o outro prendeu-lhe os tornozelos, em seguida deixaram o cômodo.
- Já trancou a porta? – perguntou Adriano olhando para a mulher.
- Sim.
- Voce vai ter que sair cara, só pessoal autorizado – disse Adriano olhando para o soldado.
No entanto o homem não se moveu um único centímetro.
- Tá certo se sinta a vontade escolha um local, puxe uma cadeira e assista ao show de mágica – disse com um sorriso irônico – vamos começar Cintia.
Adriano acionou o primeiro botão no display, os auto falantes acoplado ao fundo do quarto negro passou a se agitar.
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Sentia seu corpo ser tomado por vibrações, percebeu que a cada instante o seu cansado corpo era bombardeado por uma potencia maior.
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O corpo do idoso agora se contorcia em espasmos, o até então sossegado acompanhante aproximou-se do vidro para visualizar melhor o que acontecia com o seu superior.
- Se acalma cara, isto era esperado.
- Vamos para a segunda etapa – disse Cintia acionando outro botão no painel.
Neste momento as luzes da câmara se apagaram de modo gradativo até mergulhar na completa escuridão, assim permaneceu por alguns segundos quando passou a retomar de igual modo, mas não de igual beleza a luminosidade, a luz que trazia a claridade ao cômodo não derivava de uma lâmpada e sim de inúmeros raios que cruzavam o quarto.
O soldado de olhos arregalados admirou-se ao notar o padrão, percebeu que o fenômeno não tinha rota aleatória, eles seguiam ao sabor das vibrações, havia deduzido tão somente observando a trajetória posto que a cabine onde encontrava-se estava livre de tal acontecimento.
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Do alto do galpão com um dos olhos sempre a mira e o dedo no gatilho Marcel bufava inconformado com a situação era para ser o seu dia de folga, contudo por conta de mais um daqueles projetos cujo fazia a escolta, mas nunca sabia o que era, estava agora amargando uma puta tempestade em cima de seus córneos, água fria do caralho, o quanto mais aquele decrépito saco de ossos ira demorar dentro daquele galpão.
A torrente havia vindo de mãos dadas a um fortíssimo vento, que acompanhada ao incrível espetáculo de pirotecnia natural só deixava a dever um oceano em fúria para que assim de inexorável modo fossem mortos, como se não bastasse os ensurdecedores estrondos dos trovões que ecoavam com ferocidade ainda havia o som das hélices logo acima de sua cabeça, cego diante de tamanha escuridão era somente capaz de enxergar poucos metros a frente quando os poderosos relâmpagos explodiam iluminando momentaneamente o local ou quando o farol da aeronave voltava-se para si, nem uma das duas lhe traziam bom pressentimento, os relâmpagos explodiam cada vez mais perto e o helicóptero parecia cada vez mais instável diante do vento.
*
O helicóptero apresentava instabilidade diante da tempestade, seus motores lutavam contra o vento que tentava lhe empurrar para fora do perímetro, estava perigosamente próximo aos soldados sniper no teto do galpão.
- Acho melhor pousarmos – disse Jonathan que a muito havia fechado a porta da aeronave. 
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