segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Lágrimas do Céu - Parte V

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- O GENERAL – disse afundando a procura do velhote.
Refeito da queda o soldado também mergulhara, desprovidos de qual quer iluminação podiam contar somente com o tato, piorando a situação escombros geravam perigosos obstáculos, fossem eles estáticos ou moveis, o legionário tateou o que julgava ser um braço, apoiado a isto, decifrou uma cintura, então com ambos os braços ergueu a vitima, em seguida também emergira, passava agora a tatear a cabeça do socorrido, de modo rápido concluiu que não havia resgato o general e sim Cintia, atirou a frágil doutora as costas e afundara, não antes de sorver uma boa dose de oxigênio, com uma das mãos livres tateava a procura do buraco criado por ele, devido ao esforço o ar lhe abandonava com velocidade, destroços que havia vindo junto com a torrente somada ao breu, tornava uma missão simples em algo muito complexo, achar a saída, se fosse da marinha teria um fôlego maior, merda, tinha que ser do exército justo nesta situação? Achei – gritou mentalmente eufórico.
Seu corpo abandonava cautelosamente o interior da câmara, não podia ferir-se mais ou não agüentaria resgatar os outros, não poderia nem resgatar a moça que tinha nos ombros, não poderia resgatar nem mesmo a si, retirou a moça das costas, abraçou-a, impulsionou-se com a ajuda do chão, em pouco tempo, tinha o rosto fora da água e livre do desmoronamento assim como a moça envolta em seu abraço, via a lhe o rosto, de sua testa escorria um fino fio de sangue, só então se atentara que algo iluminava o local, só então se atentara a vasculhar o perímetro, procurou primeiro a fonte de luminosidade, presa ao teto serpenteava um grosso fio que por cerca de um metro não atingia a água, em sua ponta faiscava de modo incessante uma forte luz azul, minha nossa senhora, benzeu-se com a mão livre, não vamos sair dessa, continuou a vasculhar o local, grandes placas de concreto formavam uma ilha assombrada, sustentada pelo teto da câmara, como a cereja de um bolo, ainda havia um esfumaçante esqueleto de helicóptero acima da ilha, seus olhos de modo automático se voltaram para o céu, este se mantinha impassível derramando uma verdadeira catarata, relâmpagos iluminavam com freqüência o cenário logo sendo acompanhado de sonoros trovões, precisaria de um verdadeiro milagre para sair daquela vivo, precisava de Cintia despertasse, tinha que voltar a câmara e resgatar Adriano e o general, pode sentir o corpo da mulher se contorcer em um espasmo, ao menos ainda estava viva, cria ser o hematoma na testa o maior dos males daquela mulher, mas temeu que também ouve-se sofrido  um afogamento pelo tempo que ficara submersa, não era o local exato, mas aplicar-lhe-ia uma respiração boca a boca, retiraria o liquido lhe oprimia os pulmões.
O soldado havia melhor se posicionado para executar a manobra, seus lábios aproximavam-se aos da vitima quando como uma garrafa vazia e fechada Adriano submergiu, atento a cena abandonou a idéia e ainda com a moça presa a um dos braços nadou para perto do rapaz, este se encontrava boiando e com a face voltada para a água, estaria morto? Incapaz de também sustentar o homem apenas o virou, aumentando suas chances, a esta altura não só descria que o frágil general ainda pudesse estar vivo como eles também em breve não mais estariam.
Era um bom soldado e tinha um excelente condicionamento físico fora treinado para resistir à dor e ao cansaço, mesmo assim tudo aquilo o exauria, não sabia o que aconteceria primeiro, perder suas energias ou ser eletrocutado assim que aquele maldito fio tocasse a água, poderia ainda ganhar algum tempo escalando a perigosa e instável montanha de destroços, mas para isso teria que abandoná-los a própria sorte, ele sabia, não faria isto.
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